Essa história é sobre Ana, uma mulher que desejava muito ter um filho, mas não conseguia engravidar. O marido dela se chamava Elcana, com quem ia à Siló.
Havia um templo neste local chamado Siló, onde as pessoas iam para agradecer a Deus pelas dádivas, colheitas, enfim, demonstrar gratidão pelo que receberam.
Ela se lembrou que ainda podia fazer algo para conseguir engravidar. Uma noite, depois que comeram e beberam, ela decidiu ir ao templo orar, pedir à Deus.
E em sua oração, ela se abriu com Deus, falou de seus sentimentos com ele. Disse que, se o Senhor se lembrasse dela e lhe desse um filho, ela iria dedicá-lo à Ele.
Ana orava baixinho, movia apenas os lábios, e perto dela, no templo, estava um homem chamado Eli, o sacerdote, que não entendeu o que ela falava.
O tempo passou e, conforme Ana havia pedido, a vontade de Deus era que ela engravidasse e tivesse o tão esperado filho, e então nasceu Samuel.
Agora Ana teria a oportunidade de agradecer a Deus pela dádiva de ser mãe e também cumprir a promessa que ela havia feito de dedicar o filho ao Senhor.
Quando o menino cresceu, já não mamava mais, Ana o levou até o templo, naquele mesmo lugar, para ficar com o sacerdote Eli e aprender mais de Deus.
Ana preparava a mala do seu filho e visitava uma vez por ano, apesar de ser difícil se separar do filho que amava, ela queria cumprir a promessa que fez.
E depois de Samuel nascer, Ana teve mais filhos e filhas, irmãos de Samuel, que continuava no templo, como aprendiz do sacerdote Eli.
Uma noite, algo diferente aconteceu: Eli e Samuel se deitaram na cama para dormir, quando, de repente, uma voz chamava por Samuel, ele pensou que era Eli.
O menino Samuel, ainda sem entender, voltou para sua cama e pegou novamente no sono. Novamente uma voz lhe chamou pelo nome: “Samuel, Samuel”.
Ele mais uma vez vai até Eli e diz: “Estou aqui, tem certeza que não foi você que me chamou”. Eli respondeu: “Não te chamei, volte para sua cama”.
Pela terceira vez uma voz chamou por Samuel, e, como o menino foi novamente até o sacerdote perguntar se era ele que o chamava, Eli pensou que poderia ser Deus.
E assim foi, o menino voltou a se deitar, quando, mais um vez, ouve uma voz: “Samuel, Samuel”, e ele responder: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”.
Assim, Ana, a mãe de Samuel cumpriu a promessa e agora Samuel, que já sabia identificar a voz de Deus, também poderia ajudar outras pessoas a conhecê-lo.